Quando não deve tomar laxantes e quais os riscos
O laxante é um tipo de remédio muito utilizado para tratar a prisão de ventre, especialmente quando não é possível melhorar o problema com alterações do estilo de vida como aumento da ingestão fibras, prática regular de exercício físico ou aumento da ingestão de água.
Embora possam ser usados em quase todos os casos, alguns laxantes, e principlmente os osmóticos e os de contacto podem ser perigosos se usados por pessoas que sejam alérgicas à substância ou que tenham algumas doenças como:
- Doença inflamatoria ou câncer no sistema disgetivo;
- Síndrome do intestino irritável;
- Doença de Crohn;
- Colite ucerativa;
- Ostomizados;
Nestes casos, os laxantes irritam a mucosa intestinal e, por isso, não devem ser utilizados porque podem piorar os sintomas destas doenças. Além disso, existem outros casos em que os laxantes também não devem ser usados por pessoas:
- Que tomam analgesicos opioides como codeina ou morfina;
- Com dificuldade para engolir;
- Que são intolerantes à lactose,
- Com fenilcetonuria.
O uso excessivo de laxantes também pode causar problemas renais devido à eliminação de sais minerais importantes, sendo por isso contraindicado em casos de doença de rim.
Diabeticos também não devem tomar porque muitos dos laxantes têm açúcar na sua constituição. Crianças com menos de 6 anos, grávidas e mulheres lactantes devem falar com seu médico antes de usar qualquer laxante
Principais tipos de laxante
Existem vários tipos de laxante:
- Laxantes expansores do volume fecal, como metilcelulose, carboximetilcelulose ou agarol: estes remédios absorvem água, formando um gel volumoso que dilata o cólon e promove os movimentos intestinais;
- Laxantes osmóticos, como leite de magnesia, colact, minilax ou polietilenoglicol: tornam as fezes mais fluidas, por aumento da quantidade de líquido nas fezes;
- Laxantes de contato, agiolax, cascara sagrada, óleo de ricino, senan: provocam uma estimulação direta do sistema nervoso do intestio e estimulam também a secreção de fluidos e eletrolitos para o colon.
Os laxantes osmoticos e de contacto são os mais agressivos devendo-se, por isso, optar em primeiro lugar pelos expansores do volume fecal.
Durante quanto tempo se pode usar o laxante?
Idelmente, os laxantes devem ser usados de vez em quando e por um curto período de tempo até que a prisão de ventre melhore. Se voltar, o ideal é optar pelas formas naturais de tratar a prisão de ventre, como beber mais água e comer mais alimentos ricos em fibra, como aveia, cenoura crua ou nozes, antes de tomar novamente o laxante.
Se a prisão de ventre surgir muitas vezes, é recomendado consultar um gastroenterologista em vez de tomar laxantes com tanta frequência.
Quais as consequências do uso prolongado de laxantes?
Dependendo do tipo de laxante, o seu uso prolongado pode levar a vários problemas como:
- Dependência, fazendo com que o intestino não funcione mais sem a ajuda do laxante;
- Inchaço e dor abdominal;
- Desidratação, devido à perda de agua pelas fezes;
- Excesso de gases intestinais;
- Diarreia frequente.
Além disso, pode ainda surgir alteração dos níveis de sais minerais e diminuição da absorção de nutrintes importantes para o organismo.
É possível usar laxantes para emagrecer?
O laxante não emagrece nem é adequado para o uso prolongado e, por isso, não deve ser usado por pessoas que precisem perder peso. Embora alguns deles reduzam ligeiramente o peso, o que acontece é uma diminuiçao de líquido corporal e, não de gordura, o que acaba sendo confundido com emagrecimento. Além disso, a barriga também pode ficar menos inchada porque a quantidade de fezes é menor, podendo dar a sensação de que se está emagrecendo.
O uso de laxante pode causar câncer?
Embora ainda não seja claro, vários estudos concluiram que o uso prolongado de laxantes não fibrosos estão associados a um maior risco de contrair câncer do colon.