Isoniazida + Rifampicina

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Indicação

Para que serve?

A combinação de isoniazida com a rifampicina é utilizada para combater as diversas formas de tuberculose e pode ser associada a outros medicamentos.

Via oral - Uso adulto e pediátrico

Mecanismo de Ação

Como funciona?

Isoniazida + Rifampicina 100:150 mg Cápsula e Isoniazida + Rifampicina 200:300 mg Cápsula contém isoniazida e rifampicina que são medicamentos que combatem a bactéria causadora da tuberculose (Mycobacteriumtuberculosis).

Mesmo que possa haver melhora nos primeiros dias de uso, o tratamento deve ser mantido nos intervalos e na duração recomendada pelo médico para não permitir a falha na recuperação.

Posologia

Como usar?

O produto deve ser ingerido pela manhã, em jejum ou duas horas após a refeição, com algum líquido, sem mastigar.

A administração de Isoniazida + Rifampicina não deve ser interrompida nem se deve alterar a dose e o intervalo da administração sem orientação médica.

É muito importante respeitar os horários de tomada deste medicamento.

Em caso de grande desconforto digestivo, recomenda-se administrar junto de uma refeição leve.

Deve-se observar o Manual de Normas para o Controle de Tuberculose, 4ª edição modificada e revisada, da Fundação Nacional de Saúde do Ministério da Saúde (1995) ou edição subsequente.

Em todas as formas de tuberculose pulmonar e extrapulmonar exceto meningite, pacientes com mais de 20 kg de peso, devem tomar, por dia, as seguintes doses:

  • De 20 a 35 kg: Uma cápsula de Isoniazida + Rifampicina 200:300 mg;
  • De 35 a 45 kg: Uma cápsula de Isoniazida + Rifampicina 200:300 mg e outra de Isoniazida + Rifampicina100:150 mg
  • Mais de 45 kg: Duas cápsulas de Isoniazida + Rifampicina 200:300 mg

Este esquema deve permanecer por 6 meses mas, nos dois primeiros meses é preciso associar um terceiro fármaco, geralmente a pirazinamida.

Para tuberculose meningoencefálica a primeira etapa do tratamento, de dois meses, é igual à descrita acima (com uso de três fármacos antituberculose) mas a segunda etapa, quando se mantém isoniazida e rifampicina, tem a duração de 7 meses.

NB: Crianças com menos de 20 kg de peso devem receber doses individualizadas de cada um dos fármacos, isoniazida e rifampicina.

Efeitos Colaterais

Quais os males que pode me causar?

Abaixo encontram-se as reações adversas que podem estar relacionadas com o uso da isoniazida e rifampicina:

a) isoniazida

As reações mais graves são neuropatia periférica (perda da sensibilidade das extremidades como pés e mãos) e hepatite (alteração no fígado) especialmente em pessoas com mais de 35 anos.

A neuropatia, em geral reversível, é mais comum em desnutridos, alcoólatras ou hepatopatas (pessoas que já possuem problemas no fígado) e quando estão expostas a altas doses de isoniazida.

A hepatite, efeito adverso mais importante, é mais frequente no idoso e nos alcoólatras podendo ser fatal.

Outras manifestações são náuseas, vômitos, dor no estômago e reações alérgicas que incluem febre, linfadenopatia (ínguas ou gânglios), erupção na pele, vasculite (inflamação dos vasos), púrpura (pontos avermelhados que aparecem na pele) e alterações nas células de defesa do sangue (agranulocitose), neurite óptica (alteração na visão), convulsões, episódios psicóticos, síndrome semelhante a doença lúpus eritematoso sistêmico, pelagra (doença que leva a problemas na pele, no trato gastrintestinal e distúrbios psíquicos), hiperglicemia (aumento do açúcar no sangue), ginecomastia (aumento da mama em homens), acidose metabólica (alteração no sangue), síndrome reumatóide e retenção urinária (não consegue urinar).

b) rifampicina

As mais comuns são: perda de apetite, náuseas, vômitos e diarréia.

Pode ocorrer colite (inflamação intestinal) associada ao uso do antibiótico.

Também pode ocorrer alterações na pele (vermelhidão facial, urticária e erupções), icterícia (amarelamento da pele e/ou olhos), insuficiência do fígado (problema no fígado), presença de pontos ou manchas avermelhadas na pele, sangramento do nariz ou gengiva, sangramento vaginal, anemia por destruição dos glóbulos vermelhos do sangue, sintomas de gripe (como febre, fraqueza, dor de cabeça, tremores e dor muscular), problemas graves nos rins, com perda do órgão e choque, distúrbios do sistema nervoso central (confusão mental, distúrbios de coordenação motora, alterações visuais transitórias), neurite periférica (inflamação dos nervos periféricos) e trombose venosa (formação de coágulos no interior das veias).

Contraindicações

Quando não devo usar?

Não use o produto se você apresenta alergia a isoniazida ou rifampicina ou a medicamentos do grupo da rifamicina ou ainda a qualquer outro componente do produto.

Alguns pacientes que apresentam hepatopatia grave (problemas no fígado) ou problemas graves nos rins não podem utilizar rifampicina, cabe ao seu médico avaliar o risco-benefício.

Não utilize também se estiver em uso de medicamentos que podem induzir alterações no fígado e contraceptivos orais.

Gravidez e lactação.

Não há contra-indicações relativas à faixas etárias.

Advertências e Precauções

O que devo saber antes de usar?

Pacientes idosos, alcoólatras, diabéticos e desnutridos podem apresentar polineuropatia periférica (doença que afeta os nervos).

Nestes casos, o médico pode recomendar a utilização preventiva de piridoxina (vitamina B6) que pode evitá-las.

O uso também deve ser cauteloso em pacientes que têm hepatopatia (problemas no fígado), insuficiência renal (problemas nos rins), dificuldade em eliminar a isoniazida do sangue aumentando o risco de efeitos adversos, epiléticos (possibilidade de aumento na frequência de convulsões) e antecedentes de psicose.

Como os pacientes com problemas no fígado e rins apresentam maior risco de efeitos tóxicos, o tratamento somente deve ser empregado em caso de real necessidade e sob supervisão médica.

Em alguns pacientes pode ocorrer aumento da bilirrubina (que é um produto da decomposição de uma substância do sangue) e aumento de algumas enzimas do fígado.

Nem sempre o aumento destas impõem o término do tratamento, porém o médico irá avaliar cada caso.

Deve-se evitar o uso de bebidas alcoólicas durante o tratamento, pois aumenta o risco de efeitos tóxicos.

Evitar também o uso de salicilatos, laxantes contendo magnésio, anticoncepcionais orais e medicamentos que podem causar efeitos tóxicos para o fígado.

O uso de rifampicina pode provocar uma coloração avermelhada da urina, saliva, lágrimas e de lentes de contato gelatinosas, sendo que estas últimas podem se manchar em caráter definitivo.

Informe seu médico se você apresenta fadiga, fraqueza, náusea, vômitos, urina escura ou olhos amarelados, pois estes podem ser sinais de hepatite.

Isoniazida + Rifampicina na gravidez e amamentação:

Como não existem estudos que comprovem a segurança da utilização de isoniazida e rifampicina durante a gravidez e a rifampicina atravessa a placenta, este medicamento não deve ser usado, a menos que, a critério médico, os benefícios esperados para a mãe sejam superiores aos possíveis riscos para o feto.

A isoniazida e a rifampicina passam para o leite materno e, portanto este medicamento não deve ser utilizado, a menos que, a critério médico, os benefícios esperados para a mãe superem os possíveis riscos para o recém-nascido.

Caso seja indicado pelo seu médico, deve-se observar o bebê para identificar possíveis efeitos tóxicos, pois existe um risco teórico de neuropatia (inflamação dos nervos) e convulsões.

O médico pode recomendar a administração preventiva de piridoxina para a mãe e o bebê.

Informe imediatamente seu médico a ocorrência de gravidez durante o tratamento ou após o seu término.

Informe ao médico se está amamentando.

Pacientes idosos podem apresentar polineuropatia periférica (doença que afeta os nervos), neste caso o médico deve orientar uso preventivo de piridoxina (vitamina B6), que pode evitá-la.

Pacientes diabéticos, alcoólatras e desnutridos podem apresentar polineuropatia periférica (doença que afeta os nervos), neste caso o médico pode recomendar uso preventivo de piridoxina (vitamina B6), que pode evitá-la.

O uso deve ser cauteloso em pacientes com problemas no fígado e rins, pois apresentam maior risco de efeitos tóxicos.

Nestes casos, o tratamento somente deve ser empregado em casos de real necessidade e sob supervisão médica.

Interações Medicamentosas

O produto pode interagir com outros medicamentos.

Alguns medicamentos interagem com a isoniazida e outros com a rifampicina.

Abaixo estão descritas as interações com cada um dos componentes da fórmula:

a) isoniazida

Efeitos tóxicos no fígado podem ser aumentados se isoniazida for administrada com anestésicos como enflurano, halotano ou isoflurano.

Com cicloserina pode ocorrer aumento dos efeitos tóxicos no sistema nervoso central.

A isoniazida aumenta a ação e o risco de efeitos tóxicos da carmabazepina, etossuximida, fenitoína, diazepam e teofilina.

A carbamazepina possivelmente aumenta o efeito tóxico no fígado de isoniazida.

Antiácidos (hidróxido de alumínio e magnésio) e adsorventes (carvão ativado) reduzem a absorção da isoniazida, diminuindo, assim, sua ação.

A isoniazida pode diminuir a eficácia do cetoconazol.

Teofilina: a isoniazida possivelmente aumenta a concentração plasmática de teofilina, aumentando seu efeito e risco de toxicidade.

Meperidina: uso concomitante aumenta risco de hipotensão arterial ou depressão do sistema nervoso central.

Dissulfiram: uso concomitante pode causar sintomas neurológicos.

Anticoagulantes orais, como warfarin, podem ter efeito aumentado pela isoniazida.

b) rifampicina

Os antiácidos e o cetoconazol reduzem a absorção da rifampicina, portanto, devem ser tomados em horários separados, pelo menos, por duas horas.

Vários medicamentos têm sua ação diminuída pelo uso concomitante com a rifampicina.

São eles: diazepam, quinidina, disopiramida, cloranfenicol, dapsona, cumarinas, varfarina (reduz o efeito anticoagulante), imipramina, clomipramina, carbamazepina, fenitoína, (dificulta o controle da epilepsia) fluconazol, itraconazol, cetoconazol, haloperidol, (evitar o uso concomitante), propranolol, diltiazem, nifedipino, verapamil, isradipino, nisoldipino, ciclosporina, azatioprina (uso com rifampicina possivelmente leva à rejeição de transplantes), corticosteróides (prednisona), levotiroxina, tacrolimus, teofilina, metadona, digoxina, paracetamol, clofibrato, levotipoxina, amitriptilina e nortriptilina.

Estrogênios combinados a progestogênios ou progestogênios: há redução do efeito contraceptivo, exigindo a utilização de outros métodos para evitar a gravidez.

O uso de anti-retrovirais, como indinavir, nelfinavir, saquinavir, efavirenz e nevirapina, com rifampicina pode aumentar o risco de reações.

O uso associado de rifampicina com ritonavir e saquinavir apresenta elevado risco de causar efeitos tóxicos no fígado.

A redução no efeito de clorpropramida, tolbutamida e, possivelmente, outros antidiabéticos orais pode dificultar o controle da doença.

Álcool: o consumo diário de álcool pode aumentar o risco de efeitos tóxicos e do metabolismo da rifampicina.

Evite comer alimentos ricos em tiramina e histamina (alguns queijos, vinho, salame, soja, suplementos em pó contendo proteínas, carne de sol), pois interagem com a isoniazida.

A erva-de-São João pode diminuir a ação de rifampicina. Evite tomá-la durante o tratamento.

A absorção da rifampicina e da isoniazida é diminuída quando tomada junto com alimentos, este medicamento deve ser ingerido 1 hora antes ou 2 horas após as refeições.

O uso diário de bebidas alcoólicas aumenta o risco de efeito tóxico do medicamento no fígado.

A isoniazida interfere na determinação da glicosúria (açúcar na urina) e dos níveis de bilirrubinas e transaminases (enzimas do fígado que aparecem no sangue).

Pode haver aumento transitório dos níveis de transaminases no sangue de alguns doentes, mas geralmente voltam ao normal, sem necessidade de interromper o tratamento.

Superdosagem

O que fazer se alguém usar uma quantidade maior do que a indicada?

Doses muito elevadas podem causar náuseas, vômitos, acidose metabólica (alteração no sangue), hiperglicemia (aumento do açúcar no sangue), inchaço ao redor dos olhos ou na face, coceira, diarréia, convulsões, coma, coloração da pele em tom vermelho alaranjado e outras manifestações como as descritas no item anterior.

Deve-se encaminhar o paciente até um atendimento médico de urgência.

Se possível, leve o produto e/ou embalagem ao local de atendimento.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar este medicamento?

Caso você se esqueça de tomar uma dose, tome-a o quanto antes, a menos que esteja muito próximo da dose seguinte. Nunca tome duas doses ao mesmo tempo. Se houver esquecimento de duas ou mais doses, o médico deve ser avisado.

Composição

Cada cápsula contém:

isoniazida ...................................................... 100 mg

rifampicina ..................................................... 150 mg

Excipientes qsp.............................................. 1 cápsula
(estearato de magnésio; croscarmelose sódica, talco)

Cada cápsula contém:

isoniazida ...................................................... 200 mg

rifampicina ..................................................... 300 mg

Excipientes qsp.............................................. 1 cápsula
(estearato de magnésio, croscarmelose sódica; talco)

Apresentação:

  • Caixa com 500 cápsulas gelatinosa dura - embalagem com 10 cápsulas de 100 mg de isoniazida + 150 mg de rifampicina.
  • Caixa com 500 cápsulas gelatinosa dura - embalagem com 10 cápsulas de 200 mg de isoniazida + 300 mg de rifampicina.

Armazenamento

Onde como e por quanto tempo posso guardar?

Conserve este medicamento em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), protegido da luz e umidade.

Aspecto físico:

  • Cápsulas vermelho vinho contendo pó vermelho amarronzado.
  • Cápsulas sem odor ou sabor.

Número do lote - Data de fabricação - Vencimento: vide cartucho.

Laboratório

Fundação Para o Remédio Popular - FURP

- SAC: 0800 055 1530

Dizeres Legais

MS – 1.1039.0062
Farm. Responsável: Dr. Adivar Aparecido Cristina – CRF-SP nº 10.714

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