Espironolactona
Indicação
Para que serve?
A Espironolactona é um medicamento indicado para tratamento da hipertensão essencial, edema e ascite da insuficiência cardíaca congestiva, cirrose hepática, síndrome nefrótica e edema idiótico.
Além disso, também é utilizado como terapia auxiliar na hipertensão maligna, na hipopotassemia quando outras medidas forem consideradas impróprias ou inadequadas, profilaxia da hipopotassemia e hipomagnesemia em pessoas que tomam digitálicos ou quando outras medidas forem inadequadas ou impróprias.
Também pode ser usada no diagnóstico e tratamento do aldosteronismo primário e no tratamento pré-operatório de pessoas com hiperaldosteronismo primário.
Posologia
Como usar?
A dose recomendada de espironolactona depende do problema a tratar:
- Hipertensão essencial
Dose usual: 50 a 100 mg por dia, que nos casos resistentes ou graves pode ser gradualmente aumentada em intervalos de duas semanas até 200 mg/dia.
A dose diária pode ser administrada em doses fracionadas ou em dose única e o tratamento deve ser mantido por, no mínimo, duas semanas. A dose deve ser, posteriormente, reajustada de acordo com a resposta da pessoa.
- Insuficiência cardíaca congestiva
Dose usual: 100 mg/dia. Em casos resistentes ou graves, a dosagem pode ser gradualmente aumentada até 200 mg/dia. Quando o edema estiver controlado, a dose habitual de manutenção deve ser determinada para cada paciente.
- Cirrose hepática
Se a relação urinária sódio/potássio for maior que 1, a dose usual é de 100mg/dia. Se esta relação for menor do que 1, a dose recomendada é de 200 a 400 mg/dia. A dose de manutenção deve ser determinada para cada paciente.
- Síndrome nefrótica
Habitualmente 100 a 200 mg/dia. O uso de espironolactona nestes casos só é aconselhado se os glicocorticoides isoladamente administrados não forem suficientemente eficazes.
- Edema idiopático
A dose habitual é de 100 mg por dia.
- Edema em crianças
A dose diária inicial é de aproximadamente 3,3 mg por Kg de peso administrada em dose fracionada. A dosagem deve ser ajustada com base na resposta e tolerabilidade da pessoa.
Se necessário, pode ser preparada uma suspensão triturando os comprimidos de espironolactona com algumas gotas de glicerina e acrescentando líquido com sabor. Tal suspensão é estável por um mês quando mantida em local refrigerado.
- Diagnóstico e tratamento do aldosteronismo primário
A espironolactona pode ser empregada como uma medida diagnóstica inicial para estabelecer evidência de aldosteronismo primário enquanto a pessoa estiver em dieta normal.
- Teste a longo prazo
A espironolactona é administrada em uma dosagem diária de 400 mg por 3 ou 4 semanas. A correção da hipopotassemia e da hipertensão revela evidência presuntiva para o diagnóstico de hiperaldosteronismo primário.
- Teste a curto prazo
A espironolactona é administrada em uma dosagem diária de 400 mg por 4 dias. Se o potássio sérico se eleva durante a administração de espironolactona, porém diminui quando é descontinuado, o diagnóstico presuntivo de hiperaldosteronismo primário deve ser considerado. Quando o diagnóstico de hiperaldosteronismo for bem estabelecido por testes mais definitivos, a espironolactona pode ser administrada em doses diárias de 100 a 400 mg com preparação para cirurgia.
Para pessoas considerados não aptas para cirurgia, a espironolactona pode ser empregada como terapia de manutenção a longo prazo, com o uso da menor dose efetiva individualizada para cada paciente.
- Hipertensão maligna
A espironolactona é usada somente como terapia auxiliar e quando houver excesso de secreção de aldosterona, hipopotassemia e alcalose metabólica. A dose inicial é de 100 mg/dia, aumentada quando necessário a intervalos de duas semanas para até 400 mg/dia. A terapia inicial pode incluir também a combinação com outros medicamentos.
- Hipopotassemia/ hipomagnesemia
A dosagem de 25 mg a 100 mg por dia é útil no tratamento da hipopotassemia e/ou hipomagnesemia induzida por diuréticos, quando suplementos orais de potássio ou magnésio forem considerados inadequados.
Veja como melhorar o efeito deste remédio.
Efeitos Colaterais
Quais os males que pode me causar?
Os efeitos colaterais que podem ocorrer com o uso de espironolactona são ginecomastia, náusea, sonolência, tontura, função hepática anormal, insuficiência renal aguda, trombocitopenia, leucopenia, cansaço, dor de cabeça, erupção cutânea, alopécia, crescimento de cabelo anormal, dor e neoplasma nos seios, mal estar, hiperpotassemia, distúrbios eletrolíticos, alterações no apetite sexual, urticária, confusão mental, febre, ataxia, impotência, distúrbios menstruais e cãibras nas pernas.
Além disso, também tem sido observado carcinoma mamário em pessoas tomando espironolactona.
Contraindicações
Quando não devo usar?
O uso deste medicamento é contra-indicado em caso de hipersensibilidade conhecida à espironolactona ou demais componentes da formulação.
A espironolactona não deve ser usada em grávidas e mulheres que estejam a amamentar.
Não há contra-indicação relativa a faixas etárias.
Advertências e Precauções
O que devo saber antes de usar?
Uma vez que a espironolactona é um diurético poupador de potássio, a administração de suplementos de potássio ou de outros agentes poupadores de potássio não é recomendável porque pode induzir à hiperpotassemia.
É aconselhável realizar uma periódica avaliação dos eletrólitos séricos, tendo em vista a possibilidade de hiperpotassemia, hiponatremia e uma possível elevação transitória da ureia plasmática especialmente em pacientes com distúrbios pré-existentes da função renal, para os quais a relação risco/benefício deve ser considerada.
Pode ocorrer sonolência e vertigem em algumas pessoas, por isso é recomendada precaução ao dirigir ou operar máquinas até que a resposta inicial ao tratamento seja determinada.
Mecanismo de Ação
Como funciona?
A espironolactona é um medicamento com ação diurética, que tem um início de ação diurética gradual com o efeito máximo sendo alcançado no 3º dia da terapia.
A diurese continua por 2 ou 3 dias após o final da administração do mesmo.
A espironolactona emagrece?
A espironolactona é um medicamento com ação diurética e por isso, ao eliminar líquidos, pode diminuir o volume corporal de algumas pessoas que façam retenção de líquidos, o que pode dar a sensação que se está emagrecendo.
No entanto, não se perde gordura, apena água, por isso a espironolactona não emagrece.
A espironolactona serve para tratar a acne?
Alguns médicos receitam espironolactona para tratar a acne, porque a espironolactona leva a uma diminuição do efeito androgênico no folículo piloso e na glândula sebácea, fazendo com que se produza menos sebo, reduzindo assim o aparecimento da acne.
Superdosagem
O que fazer se alguém usar uma quantidade maior do que a indicada?
A superdosagem com espironolactona pode causar náusea, vômitos, sonolência, confusão mental, erupção cutânea maculopapular ou eritematosa ou diarreia.
Podem ocorrer desequilíbrios eletrolíticos e desidratação.
Composição
Cada comprimido de espironolactona 25 mg contém:
Espironolactona ______________________________25 mg
Excipientes q.s.p. _______________________1 comprimido
(Excipientes: Sulfato de cálcio dihidratado, amido de milho, povidona k30, água deionizada e estearato de magnésio vegetal).
Cada comprimido de espironolactona 50 mg contém:
Espironolactona ______________________________50 mg
Excipientes q.s.p. _______________________1 comprimido
(Excipientes: Sulfato de cálcio dihidratado, amido de milho, povidona k30, água deionizada e estearato de magnésio vegetal).
Cada comprimido de espironolactona 100 mg contém:
Espironolactona _____________________________100 mg
Excipientes q.s.p. _______________________ 1 comprimido
(Excipientes: Sulfato de cálcio dihidratado, amido de milho, povidona k30, água deionizada e estearato de magnésio vegetal).
Laboratório
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SAC: 0800 704 3876
Dizeres Legais:
MS - 1.0043.0952 | Farm. Resp.: Dra. Sônia Albano Badaró - CRF-SP 19.258 | SAC: 0800 704 3876